terça-feira, 19 de maio de 2009

Bati o carro! E agora?


A primeira e mais importante providência é manter a calma. Não discuta, em hipótese alguma, com o dono do outro veículo -- você pode ser alvo de violência em caso de descontrole emocional. Até por que -- detalhe importante --, não é o bate-boca que vai decidir quem está "certo" ou "errado". Se você tiver o veículo no seguro, o problema passa a ser da seguradora, que vai "brigar" na Justiça para o "culpado" cobrir os prejuízos.


Antes de tudo, sinalize o local do acidente, para evitar atropelamentos ou novas colisões: coloque o triângulo de segurança em local distante e visível e acione a luz de advertência (pisca-alerta) para chamar a atenção dos demais motoristas. Já mais tranqüilo(a) e com a situação sob controle, anote nome e telefone do proprietário do outro carro, assim como a placa, ano, marca e modelo do veículo. Procure trocar cartões para se prevenir contra nome e telefone falsos e para a necessidade de uma posterior negociação. Marque também o nome da rua e o número do imóvel mais próximo ao acidente, prestando atenção à sua localização. Não se esqueça de que vai precisar de testemunhas.


Não havendo vítimas, remova o carro do local da batida e coloque-o em lugar seguro, de modo que não atrapalhe o trânsito. Se o veículo tiver impossibilitado de rodar, ligue para 190 e peça o auxílio de um guincho. Caso haja algum ferido, ligue para o telefone 193 e acione o Corpo de Bombeiros, solicitando atendimento médico. Só preste atendimento de primeiros socorros às vítimas se você tiver conhecimento técnico para isso. Caso contrário, aguarde o Resgate.


Os veículos devem ser mantidos em sua posição. Apenas sinalize devidamente o acidente, de modo a atrapalhar menos possível o trânsito local e aguarde a chegada da Polícia Militar, que irá determinar se é necessário ou não executar uma perícia no local. Desmarque eventuais compromissos e prepare-se para uma eventual espera de algumas longas horas.


Se você tiver o veículo no seguro, acione imediatamente a companhia. A maioria delas tem serviços de atendimento para comunicação de sinistros, acionamento de advogados ou remoção de veículos. O número desse serviço está no cartão da seguradora, que deve ser levado sempre no porta-luvas do carro.


O boletim de ocorrência


O passo seguinte é fazer o Boletim de Ocorrência (B.O), que pode ser registrado nos postos do Comando de Policiamento de Trânsito (CPTran) espalhados pela cidade. Para saber o posto mais próximo, disque 190. Nos demais municípios e cidades brasileiras consulte as delegacias de polícia ou os órgãos de policiamento de trânsito vinculados à Polícia Militar.


Não existe um prazo determinado para se fazer o Boletim de Ocorrência. Também não é necessária a presença do dono do outro veículo para providenciar esse documento. Basta apenas apresentar os dados do local do acidente e dos veículos envolvidos no sinistro, além da sua carteira de habilitação e do Certificado de Registro e Licenciamento de seu veículo.


Seguro e franquia


Se o seu veículo tiver seguro com franquia, as conversações tendem a se estender por mais tempo. Lembre-se, a franquia é sempre paga pelo dono do carro e não pela seguradora, por isso os motoristas envolvidos na colisão devem tentar um acordo prévio. Não existe nenhum impedimento legal ou restrição por parte das seguradoras quanto à sua negociação.


E atenção: o pagamento da franquia é sempre feito na oficina, na ocasião da devolução do veículo, depois de concluído o conserto. Exija uma nota fiscal do reparo e um recibo do pagamento da franquia, porque esses documentos lhe servirão de provas no caso de uma eventual ação.


Para entrar com uma ação na justiça.


Se o motorista responsável pelo acidente ainda se recusar a pagar a franquia, a parte prejudicada pode entrar com uma ação na Justiça. A queixa pode ser feita nos Fóruns Regionais (o que for mais próximo do local do acidente ou das residências dos proprietários) ou nos Juizados de Pequenas Causas.


Como a franquia envolve um valor relativamente baixo, entre R$ 600,00 e R$ 2.000,00 em média (para veículos importados esse patamar varia entre 4% e 6% do valor do carro), a questão pode ser encaminhada para um Juizado de Pequenas Causas, que tem a vantagem de ter um custo muito baixo e ainda oferecer a assessoria de advogados do Estado. Em ações de até R$ 4.000,00 não há necessidade do acompanhamento por advogados. Acima desse valor até o limite de R$ 8.000,00 é obrigatória a presença de advogado contratado ou do Estado. Não há cobrança de custas processuais.


Para entrar com uma ação desse tipo são exigidas as cópias dos documentos do carro, do Boletim de Ocorrência, da apólice do seguro e, ainda, do recibo de pagamento do conserto e da franquia do veículo emitido pela oficina. Se possível, anexe uma foto do local do acidente (para comprovar a existência de algum tipo de sinalização) e do veículo, destacando a área avariada. A "vítima" pode levar até três testemunhas - elas estão dispensadas em caso de colisão traseira, já que segundo a lei quem bate atrás é sempre culpado.


O processo funciona da seguinte maneira. A "vítima" faz uma petição inicial no Juizado e depois marca o dia do julgamento. Então, o "acusado" é requisitado para comparecer ao tribunal. O prazo previsto para a realização da primeira audiência de conciliação chega a ser de mais de um mês, para dar tempo ao "réu" de preparar a sua defesa. Caso não haja acordo na ocasião é marcada uma nova audiência.

Fonte: Jornalista Mara Paulo Sobrinho
Veículo: Folha da Região/SP

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Aquaplanagem


A aquaplanagem é a perda de aderência, resultante da formação de uma camada de água entre o pneu e o piso quando os pneus estão rodando, produzindo um efeito semelhante ao de uma camada de lubrificante. Isto acontece quando a velocidade é excessiva e os pneus não têm tempo para retirar a água existente no pavimento e patinam sobre a sua superfície, o que faz perder quase completamente o domínio da direção e dos freios.
Nestas situações, deve-se levantar o pé do acelerador, esperando que o veículo diminua de velocidade e os pneus voltem a tomar contacto com o pavimento.
Quando estiver chovendo ou o pavimento ainda continuar molhado, o condutor deve:
Reduzir a velocidade, adaptando-a às condições de aderência e de visibilidade.
Aumentar a distância de segurança.
Prever uma distância de frenagem maior (a distância de frenagem aumenta aproximadamente 50%).
Evitar acelerações e freadas bruscas.

Condução em Piso Molhado

Verifique sempre os pneus antes de seguir viagem. Não se esqueça de efetuar a seguinte manutenção de rotina:- Mantenha os pneus com a pressão de ar correta. A pressão de ar correta para os seus pneus está especificada pelo fabricante do veículo e está indicada na soleira da porta do veículo e na tampa do porta-luvas ou tampa do depósito de combustível. Também se encontra no manual de instruções. O número indicado no flanco do pneu não é a pressão de ar recomendada para o seu pneu, é a pressão de ar máxima para o pneu. Deve verificar a pressão de ar dos pneus pelo menos uma vez por mês. Verifique a profundidade dos sulcos dos pneus. A profundidade correta dos sulcos irá prevenir as derrapagens e a aquaplanagem.
Reduza a velocidade. À medida que a chuva vai caindo, esta vai-se misturando com a sujidade e óleo depositados na estrada, criando condições de aderência precária propícias a derrapagens. A melhor forma de evitar as derrapagens é reduzir a velocidade. A condução a uma velocidade menor permite que uma maior superfície do piso do pneu esteja em contacto com a estrada, possibilitando uma melhor tração.

Saiba como se recuperar de uma derrapagem


As derrapagens podem acontecer mesmo aos condutores mais cautelosos. Se o seu automóvel derrapar, lembre-se de não pisar forte no freio. Não bombeie os freios se o seu automóvel estiver equipado com um sistema de ABS. Em vez disso, exerça uma pressão firme e constante nos freios e vire o automóvel na direção da derrapagem.
Mantenha uma distância segura para o veículo que segue à sua frente. A condução em piso molhado exige uma utilização suave de todos os comandos principais:- Direção, embreagem, freios e acelerador, e uma maior tolerância para erros e emergências. Todos os condutores devem verificar regularmente se os faróis, luzes traseiras, luzes de stop e piscas estão funcionando corretamente. A distância de frenagem é três vezes maior em piso molhado do que em piso seco. Uma vez que é necessária mais distância para frenagem, é importante não ir muito junto ao veículo que segue à sua frente. Mantenha um pouco mais do que o comprimento de dois automóveis entre si e o veículo que segue à sua frente.
Conduza no rasto dos pneus do veículo que segue à sua frente. Isso pois no rastro existe menos água. Evite utilizar os freios. Sempre que possível, reduza a velocidade retirando o pé do acelerador. Acenda os faróis, mesmo com chuva ligeira. Não só o ajudam a ver a estrada, mas também ajudam os outros condutores a vê-lo.

As primeiras chuvas tornam o piso muito escorregadio


As primeiras chuvas fazem sempre com que a estrada esteja muito difícil de conduzir, uma vez que a lama e o óleo que estão no asfalto se misturam com a água, formando uma camada bastante escorregadia. É provável que os condutores sintam um menor controle e ter cuidados redobrados na primeira meia hora após o início da chuva.

Não conduza com cansaço


Pare o automóvel pelo menos de 2 em 2 horas ou de 160 em 160 quilômetros para descansar.

Como Evitar a Derrapagem

Sempre que em circunstâncias especiais reduzam excessivamente a aderência dos pneus ao pavimento, a condução exige algumas precauções especiais para evitar a derrapagens, entre as quais se recomenda que o condutor:
Movimente o volante com maior suavidade possível.
Não acelere nem desacelere com brusquidão.
Quando pretender parar o veículo, em vez de fazer uma frenagem forte e contínua, faça uma série de pequenas e suaves frenagens para evitar o bloqueio das rodas.
Depois de reduzir de velocidade na caixa de marchas, não solte o pedal da embreagem repentinamente.
As derrapagens iniciam-se com os movimentos bruscos da direção, dos freios e das acelerações do motor. Este perigo agrava-se quando a velocidade for exagerada. Se todas as ações da condução forem suaves, o perigo de derrapar é mínimo.

A aquaplanagem pode ocorrem também quando o piso estiver seco. As vezes quando estamos transitando em uma estrada com piso seco pode ocorrer de existir uma faixa de água escorrendo de um lado a outro na estrada. Essa situação acontece geralmente em curvas de serras. Se você estiver em alta velocidade, confiando na aderência do piso seco e no meio da curva surgir essa situação, seu carro pode aquaplanar e a perda do controle do automóvel é muito grande. Cuidado!


Como Corrigir a Derrapagem


Não existem soluções infalíveis que permitam corrigir o efeito produzido por uma derrapagem, mas os condutores com mais experiência concordam que, por vezes é possível conseguir a sua neutralização se, nesse momento, forem cumpridas algumas regras:
Deixar de travar (embora exista sempre tendência para fazê-lo).
Não rodar em “ponto morto” (para que o motor prenda as rodas).
Rodar o volante para o mesmo lado que desliza a retaguarda do veículo.
Logo que o veículo comece a normalizar a sua trajetória, rodar o volante suavemente no sentido oposto para evitar uma segunda derrapagem em sentido contrário.
A derrapagem é uma situação anormal muito difícil de corrigir pelo que, é mais fácil e prudente evitar as razões que dão origem à mesma.


Prudência, bom senso, cuidado, pneus em bom estado, palhetas de pára-brisa em bom estado e velocidade moderada são os melhores coisas a se ter com chuva na estrada.

Essa e outras informações desse BLOG também estão disponibilizadas no site: www.socarrao.com.br

Abraço,

Diego