segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Bomba de combustível – Descuide e ela te deixa na mão!!

A função de uma bomba de combustível é deslocar o combustível que está no tanque para o sistema de alimentação do motor, suprindo, assim, todas as suas condições de trabalho, como carga, rotação e temperatura. Existem dois tipos de bombas: a mecânica, presente nos carros carburados e movida por um eixo; e a elétrica, que equipa os veículos com injeção eletrônica e é acionada por um motor elétrico.

Entre os modelos de bombas elétricas estão as do tipo interna e externa ao tanque. A primeira fica submersa e aspira o combustível do fundo do tanque, impulsionando-o através de um tubo de abastecimento aos bicos injetores. A segunda, do tipo externa, está fixada no chassi do veículo, próxima ao tanque ou ao motor, e suga o combustível por um tubo coletor dentro do tanque.

A bomba é classificada ainda em modular, que conta com um reservatório de plástico para alojar a bomba, o filtro e o medidor de combustível, que geralmente são substituídos em conjunto; e não modular, em que os itens do conjunto são trocados separadamente. Dentro da bomba são encontrados os seguintes componentes: motor elétrico, conjuntos de alta pressão e em alguns casos um pré-filtro.

O funcionamento ideal da peça depende das condições dos itens que compõe o sistema de alimentação, ou seja, filtros, pré-filtros, mangueiras e combustíveis de qualidade. Na bomba propriamente não há manutenção, assim é necessário cuidar da substituição do filtro de combustível e pré-filtro nos intervalos indicados pela montadora. Desta forma a bomba de combustível trabalhará em condições adequadas tendo maior durabilidade.

Sem reparo
Os sintomas de avarias na bomba de combustível podem ser verificados nas seguintes situações: baixo desempenho e falhas do motor devido à pressão e/ou vazão insuficiente. Rodar com o carro constantemente na reserva também pode comprometer o bom funcionamento da bomba de combustível, pois ela é refrigerada pelo combustível.
A falta de manutenção preventiva pode prejudicar a bomba de combustível e ocasionar alguns problemas como a diminuição da vazão em situações de maior carga aplicada ao motor e rotação um pouco mais elevada que irá exigir mais combustível, uma queda de pressão, o que acarretará falhas no motor e, no caso da bomba parar de funcionar, o motor do veículo também não irá funcionar por falta de combustível.
É importante lembrar que não existe reparo de bomba de combustível, uma vez diagnosticado problemas, a bomba deve ser substituída, pois trata-se de um produto “selado”, que se for aberto perde a garantia de funcionamento perfeito.
Super aquecimento, andar sempre na reserva, entupimento do filtro e pré-filtro forçam o motor elétrico que pode queimar.
Na hora de comprar uma bomba de combustível para reposição, o reparador deve ficar atento à utilização de peças remanufaturadas e recondicionadas, bastante oferecidas nas oficinas mecânicas para baratear o custo do serviço e condenadas pelos fabricantes do produto. É importante lembrar que o preço, apesar de ser mais em conta na visão do consumidor, pode sair caro em um espaço curto de tempo, com as conseqüências de deixar o motorista pelo caminho.
Algumas oficinas dizem que “recuperam” o motor elétrico da bomba, mas a qualidade, a durabilidade, o desempenho, a garantia e, principalmente, a segurança (lembre-se que a peça trabalha dentro do tanque) nunca será a mesma de um componente novo. Tomado todos os cuidados com relação a manutenção e qualidade do combustível, a vida útil estimada da bomba de combustível elétrica é de 100 mil km.

Própria para bicombustíveis
O funcionamento das bombas para veículos bicombustíveis é basicamente o mesmo das convencionais, com exceção de alguns componentes internos construídos com materiais adequados para trabalhar com os dois combustíveis, principalmente para evitar a corrosão do álcool, que gera inclusive faíscas. A vida útil da bomba que é específica para a gasolina fica comprometida quando aplicada nos carros flex, em função do uso do álcool.
Evitar o uso de combustível adulterado é o ideal, afinal causa desgastes excessivos dos itens internos e pode prejudicar não somente a bomba, mas todos os componentes que tem contato como as mangueiras da linha de combustível, além disso, o rendimento do motor e consumo também serem prejudicados.

Abraço,

Diego

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domingo, 8 de fevereiro de 2009

Cuidados com o óleo do motor.


As oficinas nunca receberam tantos carros com motores fundidos. São problemas dos mais diversos tipos. Na maioria, uma causa comum: o óleo virou uma graxa incapaz de lubrificar o motor, causando o travamento. Enfim, todos os motores estourados por falta de lubrificação. E o conserto pode chegar a custar a metade do valor do carro.
O problema principal é que os proprietários de veículos tentam economizar até no lubrificante e acabam deixando o carro com mais de 15 mil km sem troca ou substituem o óleo de forma incorreta. Se passar do prazo de troca estipulado pela montadora, o óleo fica cada vez mais oxidado e começa a engrossar, com o acúmulo de partículas metálicas provenientes do desgaste interno de anéis, pistões, camisas, bronzinas, etc.
O que muitos motoristas ainda não sabem é que a troca de óleo não é tão simples quanto se imagina. Ao completar o nível do lubrificante, deve-se considerar a marca, tipo e viscosidade. Ao adicionar óleo com aditivos diferentes do que já está no motor, ele se deteriora imediatamente. Misturar lubrificante sintético com mineral é ainda mais prejudicial para o motor. Para mudar de marca ou tipo de óleo, é necessário esgotar todo o óleo velho, substituir o filtro e depois colocar o novo lubrificante.
Acredita-se que o motivo principal dos problemas de contaminação do óleo, desgaste de peças e travamento dos motores é a falta de qualidade dos combustíveis. Como se não bastasse a gasolina trazer álcool como aditivo numa proporção crescente nos últimos anos, alguns postos de gasolina estão acrescentando outras substâncias, como água e solventes para baratear o preço do derivado de petróleo - o que tem levado muitos carros guinchados às oficinas.
As substâncias adicionadas à gasolina fazem com que o combustível não queime corretamente e acabe se misturando com o óleo no motor, tirando o poder de lubrificação do produto. Além disso, em carros mais antigos (cujas peças não foram preparadas para resistir ao álcool e outras substâncias adicionadas a gasolina), ocorre a corrosão de componentes do motor. Já nos modelos atuais, a agressão do álcool é bem menor, pois eles estão sendo fabricados para resistir ao "coquetel oficial".
Porém, o que causa mais danos ao motor é a relação incorreta de ar e combustível. Como o combustível vegetal possui menos energia que a gasolina, o motor a álcool precisa de menos ar e mais combustível para trabalhar. Com uma grande proporção de álcool, o motor a gasolina trabalha pobre, ou seja, sobra ar e falta combustível.
Essa mistura provoca superaquecimento nas partes altas do motor - uma temperatura elevada que dificilmente passa para o óleo ou a água do sistema de refrigeração - fundindo em pouca quilometragem os pistões, anéis e válvulas e estourando o motor. Em muitos veículos importados a tecnologia faz o painel avisar que o carro tem que ir para a oficina, antes que se agrave a situação. Já em modelos nacionais, o processo ocorre imperceptivelmente, até que o carro não saia mais do lugar.
Para preservar o motor:
* Troque o óleo e o filtro no intervalo recomendado pelo fabricante do veículo;
* Se for necessário completar o nível do lubrificante, use a mesma marca, tipo e viscosidade do que já está no motor;
* Não misture lubrificantes diferentes quando completar o nível, nem aditivos extras (devem ser colocados junto com o óleo novo) e nunca adicione óleo mineral ao sintético (ou vice-versa);
* Se o motor consome muito óleo, faça logo sua retífica;
* Observe a vareta do óleo regularmente. O ideal é o óleo estar sempre no nível máximo indicado da vareta.
* Quando você comprar um carro usado, troque o óleo e os filtros (óleo, ar, combustível) pois você não sabe como o proprietário anterior cuidava desse item.
* Desconfie do combustível muito barato. Abasteça seu carro em postos com combustível de qualidade comprovada;
* Na hora da troca, troque o óleo com o motor quente, pois com maior temperatura o óleo tem mais viscosidade e vai escorrer mais facilmente.
* Se possível troque o filtro toda vez que trocar o óleo, senão no máximo uma troca sim e outra não.

Utilidades do Óleo
* Limpeza: retira as partículas resultantes do processo de combustão e as mantêm em suspensão,
* Refrigeração: retira o calor das peças móveis e o transfere para o sistema de arrefecimento,
* Lubrificante: forma uma película entre os componentes móveis, reduzindo o atrito entre eles.

Tipos de Óleo
* Mineral: obtido a partir da separação dos componentes do petróleo. Oferece durabilidade menor.
* Sintético: obtido a partir de reações químicas. São mais puros e, por isso, mais duráveis.
* Semi-sintéticos: reúnem componentes minerais e sintéticos.

Folclore sobre o óleo
Os mecânicos possuem muitos conceitos errados a respeito dos óleos. Um exemplo é o uso do lubrificante sintético. Esse produto só se justifica em carros com alto desempenho. Em um motor mais velho, não há qualquer benefício. Por outro lado, um propulsor antigo só tem a ganhar com um óleo mineral mais aditivado, como um SJ ou SL. Outra lenda é o uso de óleo mais grosso quando o motor começa a consumir muito lubrificante. Isso só aumenta o desgaste do propulsor. Nos casos em que o consumo está associado ao desgaste, o óleo é um paliativo, nunca uma solução. Nenhum óleo corrige defeito. Recomendo trocar o óleo de 3000 a 5000 km para óleos minerais ou em 6 meses para veículos que rodam pouco, o que vencer antes. Já os sintéticos e semi-sintéticos tem vida útil maior. Consulte o manual do carro se for o seu caso.

O importante é ter cuidados com a escolha, o nível e o prazo do óleo do seu carro. Tenha sempre cuidado e atenção a esse item. Faz parte da manutenção, é barato proporcionalmente, e bem caro caso você descuide. O óleo do seu carro em ordem aumenta a vida útil do motor e faz bem para o seu bolso. Caro é ter que fazem a retifica do motor por falta desses cuidados.

Abratz,

Diego

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terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

MITOS E VERDADES SOBRE CARROS FLEX


MITOS
O primeiro abastecimento deve ser feito com gasolina parta evitar problemas de partida;
O carro só pode ser abastecimento com gasolina ou com álcool para evitarem falhas no motor;
Um motor bicombustível dura menos, pois o álcool é mais corrosivo;
Carros bicombustível requerem somente gasolina aditivada;
A substituição de álcool por gasolina, ou vice-versa, deve ser feita gradativamente;
Se o motor ficar apenas com álcool, o carro tem problemas de partida nos dias frios;
Existe um porcentual certo da mistura de álcool e gasolina para que o carro obtenha uma melhor potência e autonomia;
Se o motorista misturar os dois combustíveis o consumo aumenta e fica mais próximo do álcool;

VERDADE
Desde o início da vida útil, o motor pode funcionar tanto com gasolina quanto com álcool;
O sistema é projetado para funcionar com os dois combustíveis ao mesmo tempo;
As fábricas garantem para o motor flex à mesma durabilidade do propulsor á gasolina. Os sistemas que têm contato com álcool são projetados para suportar sua corrosão;
Não é uma exigência. Mas se o motorista quiser usar aditivo para melhorar a autonomia da gasolina e mantiver o sistema de injeção limpo, deve optar por um correspondente á marca do carro e próprio para motor flex;
O gerenciamento do motor é eletrônico e o sistema é programado para reconhecer o combustível instantaneamente;
No compartimento do motor dos veículos existe um reservatório de gasolina para partida a frio;
Não existe uma quantidade certa de cada combustível para obter um rendimento e potencial ideais. Mais álcool significa maior potência do motor e menos autonomia. O inverso vale para a gasolina;
A autonomia é proporcionar á quantidade de cada combustível. Se o tanque tiver mais gasolina, o rendimento será maior do que quando estiver com um volume maior de álcool, é vice-versa.

DICA
Como saber quando é mais vantajoso abastecer com álcool ou gasolina?
Divida o preço do álcool pelo preço da gasolina e multiplique o resultado por 100.
Se o resultado for menor que 70, o álcool é mais vantajoso.
Exemplo:R$1,59 (álcool) dividido por R$2,49 (gasolina) x 100 = 64
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Abraço,
Diego

Troca de gasolina p/ alcool.


TROCA DE GASOLINA POR ALCOOL NÃO COMPENSA EM SETE ESTADOS BRASILEIROS


Os últimos dados divulgados pela Agência Nacional de Petróleo mostram que trocar gasolina por álcool é sinônimo de prejuízo em sete estados. É necessário que o preço do álcool seja de no máximo 70% em relação ao valor da gasolina, para fazer a troca valer a pena. O ideal, portanto, é dividir o preço do litro do álcool pelo da gasolina, sendo que o resultado deve ser igual ou menor que 0,7.

Os estados onde ainda é vantagem colocar gasolina no tanque são: Amapá, Acre, Pará, Piauí, Rio Grande do Norte, Roraima e Sergipe. Nos demais estados a vantagem é abastecer com álcool.